O Rabi Tarfon foi um tanaíta da terceira geração, que viveu entre os séculos I e II e.c. (Trifon, em grego). Companheiro de Rabi Akiva, viveu entre a destruição do Templo e a esmagadora derrota, em Betar, da rebelião de Bar Cochbá. Era um cohen e insistia em cobrar impostos e outros donativos rituais, como nos dias do Templo, para que as pessoas não se esquecessem das mitsvót de caridade. Sendo muito rico, não tinha necessidade da receita assim gerada, mas usava-a para fins de caridade.
Simples e modesto, destacava-se por sua devoção filial à mãe, e por sua generosidade.Como discípulo de Rabi Iehudá Hanassí (que o tinha no mais elevado conceito), é chamado no Talmud de “pai de Israel, mestre de Israel.”. Foi um encarniçado oponente dos hereges, que trocavam as crenças tradicionais (provavelmente os primeiros judeus seguidores do cristianismo, e jurou que queimaria qualquer de seus livros que encontrasse.
*Os textos da Série Sábios do Talmud são extraídos da obra A Ética do Sinai (Pirkê Avot), de Irving M. Bunim.
